The Walking Dead - 6ª temporada (parte 1)

Então metade da sexta temporada de The Walking Dead já passou e você tem a sensação de que não viu quase nada. Calma, você não é o único neste barco! E esta sensação é  provavelmente resultado do formato em que a produção assumir mantendo toda a ação em um período de cerca de dois dias.

 
Voltamos à Alexandria, logo após os eventos finais da temporada anterior, com a chegada do renovado Morgan (o primeiro a encontrar com Rick na primeira temporada). E o primeiro gostinho dos cidadão de Alexandria sobre realidade deste novo mundo. Não, eles ainda não confiam no Rick, mas assumiram que seus conhecimentos são necessários. Isto, bem a tempo de descobrir a maior horda de zumbis vista até hoje na série (quiçá na televisão) represada nos arredores e prestes a romper as barreiras.

É assim o ótimo primeiro episódio desta primeira temporada. Passado em dois tempos, a descoberta do planejamento e o plano colocado em ação encantou os expectadores com a medida certa de tensão e uma produção impecável. A "Daryl's Zombie Parade" deixou muito expectador com um sorriso no rosto.

O também excelente segundo episódio, apresenta á ação seguinte ao plano de evacuação dos zumbis. Mas desta vez dentro dentro de Alexandria, com seus iludidos moradores descobrindo a real ameaça de seu tempo: outras pessoas. Eles também descobrem, que Carol não é exatamente a senhorinha indefesa que fingia ser. Enquanto nós descobrimos o quão abrangente é a nova filosofia de Morgan.

E por falar no cara do cajado, todo o quarto episódio (com duração mais longa inclusive), é dedicado à ele, o cara mais sortudo do apocalipse zumbi (quem mais encontraria um terapeuta naquele mundo, bem no meio de um surto psicótico?). A jornada que transformou aquele homem louco que Rick encontrou na terceira temporada, até o cara Zen que chegou  à Alexandria. E com isso a série volta ao sistema de separar os personagens e contar sua história individualmente, como ocorrera logo após a perda da prisão. As diferenças são este episódio flahsback de morgam, e o tempo mais curto.


Tudo bonitinho e conectado, apesar dos personagens estarem separados em vários grupos presos fora e dentro Alexandria. A grande pisada de bola foi o suspense barato para manter o burburinho sobre a série em alta.

Particularmente eu lamentei a "morte" de Glenn no final do terceiro episódio. Afinal a situação era inescapável. Ele não estava cercado, mas literalmente mergulhado em uma horda que não faria distinção entre as partes do outro cara e os membros de Glenn.

Qual não foi minha surpresa na manhã seguinte ao me deparar, não apenas com as já esperadas teorias de fãs saudosos sobre as possibilidades de fuga, mas também com a probabilidade destas se tornarem realidade. Até aí tudo bem, é uma situação impossível mas ao menos vamos saberíamos o desfecho logo após, o então já anunciado, episódio especial dedicado à Morgan. Certo? Errado!

A produção do programa resolveu segurar o "suspense" até o penúltimo episódio deste mid-season, além de inundar a internet com pistas contraditórias sobre o destino do personagem. Uma novela menor apenas que o caso John Snow. Á começar pela ausência de Steven Yeun no programa de rádio que segue todo episódio, e traz os atores que estão deixando a série para uma entrevista. Seguido pela retirada do nome do ator dos créditos de abertura. E fotos vazadas do set com Yeun em cena.

Após duas semanas de especulações, e fãs postando selfies de como é possível se esconder de uma horda de zumbis em baixo de caçamba de lixo. A coisa começou a ficar irritante. Além de monopolizar as discussões sobre a série. Ninguém comentou que o episódio do Morgan foi muito bom, ou sobre as reações dos indivíduos de Alexandria, inclusive sua, outrora segura, governante. Ou mesmo sobre as atitudes dos Lobos (os invasores com o W na testa).

A sensação foi de que a produção não acreditava em si mesma e usou o recurso do mistério como muleta. The Walking Dead é uma série de altos e baixos. Nem todos os episódios desta temporada foram excelentes, mas também não foram ruins. Infelizmente não pudemos aproveitar melhor, de tão "preocupados" que estávamos com Glenn.

Então o mistério é resolvido apenas para nos deixar com uma mid-season-finalle (sim final de meio de temporada, este termo existe), ainda mais em suspenso. Invasão zumbi, Lobos, garotinhos mentalmente perturbados sob tensão extrema, discordâncias internas, a chegada iminente de Negan.... e a pobre Maggie literalmente em suspenso (ela tá presa em uma plataforma de observação) e uma referência à situação de Gleen logo após a derrocada da prisão.

O sexto ano de The Walking Dead, trouxe uma primeira metade temporada boa, mas que teve seu foco cruel e equivocadamente desviado. Encerrando com um cliffhanger gigantesco. O jeito é torcer para que eles resolvam estes múltipos "ganchos" de forma melhor no retorno. E que 14 de fevereiro chegue logo!

Enquanto isso, lembre-se, corte a cabeça ou destrua o cérebro!

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