Sleepy Hollow - 2ª temporada

A segunda temporada de Sleepy Hollow, retornou com a adição de 5 episódios e com mais personagens. Depois de deixar seus protagonistas e expectadores em um "cliffhanger" cruel no último episódio da temporada. Todos, absolutamente todos os personagens estavam "na berlinda". Não sobrara ninguém para salvar o dia.  

Mas, é claro, eles eventualmente conseguem. E surpreendentemente o fazem e em apenas 1 episódio. Com os problemas iminentes resolvidos logo na premiere do ano 2, a série para novos desafios. Afinal, os Winchesters já ensinaram, não importa quantas vezes você salve o mundo das forças sobrenaturais, elas sempre tentarão novamente. Mas antes, vamos contextualizar!

Caso você tenha pegado no sono nos últimos anos, Sleepy Hollow é a série que traz a lenda do Cavaleiro sem Cabeça para o século XXI. Ichabod Crane (Tom Mison) morre durante uma batalha na cidadezinha de Sleepy Hollow na guerra pela independência dos EUA em 1871. E acorda em 2013, quando a cidade começa a encontrar vítimas decapitadas. Não demora muito para descobrirmos que o retorno de Crane está ligado à volta do Cavaleiro Sem Cabeça, que retorna à cidadezinha para continuar seu plano de trazer o apocalipse.

Monstrengos feiosos, não é defeito não, é a vibe da série mesmo!
Também não demora muito para Ichabod se tornar parceiro Tenente Abbie Mills (Nicole Beharie). E para a dupla descobrir que tem o papel de "testemunhas" nessa guerra entre o bem e o mal. Ignore aqui o fato de que para quem devia apenas testemunhar Abbie e Ichabod interferem demais, de fato eles fazem tudo para salvar o mundo. Eventualmente tem a ajuda do Capitão Frank Irving (Orlando Jones), da esposa de Crane, Katrina (Katia Winter) e da irmã de Abbie, Jennie (Lyndie Greenwood).

Entretanto como apenas os protagonistas são incorruptíveis, esses coadjuvantes ajudam a criar boa parte dos conflitos. Ao lado do Cavaleiro sem Cabeça, de quem já conhecemos a identidade e do Cavaleiro da Guerra (John Noble). Assim, a nova temporada traz novas situações para todos eles. Katrina finalmente está livre do purgatório, e precisa acertar os ponteiros com seu marido, afinal mentiu para ele sobre ser uma bruxa por 200 anos. Irving está preso por um assassinato que não cometeu. E Jenny resolveu tornar-se uma pessoa confiável.

Mencionei que tudo isso acontece com a história estadunidense como pano de fundo? E sem nunca abandonar a Sleepy Hollow como se de alguma forma todos os eventos da guerra de independência dos Estados Unidos tivessem uma ligação com a cidade. Sim, esta série exige uma boa dose de suspensão de descrença de sua audiência. Assim como de conhecimento de história americana e mitologia de todo o mundo, apesar do foco ser a cristã. Não que os detalhes não sejam explicados (geralmente às pressas à caminho de algum lugar), mas a bagagem facilita a compreensão.

Outra falha é a falta de linearidade na trama, provavelmente o que causou as oscilações de audiência na segunda temporada. A trama fala de apocalipse e traz 2 de seus cavaleiros, mas ignora completamente Peste e Fome (vai ver por isso o vilão não conseguiu ainda, precisa de 4 viu!). Vagueia entre diferente mitologias e acaba perdendo o foco. 

Apresenta personagens e faz mal uso deles. Como um anjo de carater duvisoso, ou Hawley (Matt Barr), um pirata/contrabandista moderno, que ameaça um romance com as duas irmãs Mills, mas não engrena nenhum deles. Já Katrina causadora de toda a maldição, ajuda quando quer, some e aparece quando bem entende, assim como Jenny. Já a nova xerife Leena Reyes (Sakina Jaffrey) só traz sua autoridade quanto esta pode tornar a tarefa de Abbie mais difícil.

Mas tudo isso é relevado, afinal você já se importa com os protagonistas. E a condição de viajante do tempo de Ichabod, e suas descobertas acerca do século XXI, parecem nunca esgotar como alívio cômico. Também há quem ame os flashbacks com figuras históricas apresentadas de uma forma relativamente diferente dos livros escolares. 

E se ainda não for o suficiente, a season finale da segunda temporada tem viagem no tempo (tudo fica melhor com viagem no tempo!).  Levando Abbie para a época de Crane, o que considerando que além de mulher ela é negra, pode não ser uma viagem agradável.

Abbie, Benjamim Franklin e Ichabod, porque tudo fica melhor com viagem no tempo!!!
Sleepy Hollow, tem uma trama rocambolesca, usa uma história que não é a nossa como plano de funfdo, se perde na própria mitologia. Mas é muito divertida! E traz personagens carismáticos. É a definição de Guilty Pleasure, você sabe que não é muito boa, que não devia gastar tempo com ela. Mas você simplesmente se apega, gosta, e não tem vergonha de admitir. Isso foi suficiente para garantir uma terceira temporada.

Sobre o desrespeito da Fox
O único problema real, é o programa ser transmitido pela desrespeitosa Fox. A série chega aqui messes depois da transmissão estadunidense,e seu horário geralmente é determinado pela transmissão de The Walking Dead, para pegar o expectador na adrenalina. Entretanto, assim que a série de zumbis saiu de cena, Sleepy Hollow foi empurrada para a madrugada, sem aviso prévio. E pasmem, teve um episódio "pulado" para teminar mais rápido.

Felizmente a primeira temporada está no Netflix, espero que as próximas também entrem no serviço de streaming, e recomendo assistam por lá, mesmo que tenham que esperar um pouco mais. A falta de respeito da Fox, já me fez acompanhar Glee dessa forma, e pelo visto Bones, também vai para esse caminho (cadê a temporada nova?). Logo não se espantem se a resenha da terceira temporada de Sleepy Hollow demore.

Leia mais sobre Sleepy Hollow e a lenda que a inspirou.

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