O Grande Hotel Budapeste

Uma menina abre um livro. O velho escritor (Tom Wilkinson) nos conta sobre o tempo que passou no Grande Hotel Budapeste quando conheceu o dono do estabelecimento. Já o proprietário (F. Murray Abraham) resolve compartilhar com o então jovem escritor (Jude Law) a história de como se tornou dono do lugar. É parece confuso, mas a história, dentro da história, dentro da história, é só um jeito charmoso, e surpreendentemente fluida de nos apresentar O Grande Hotel Budapeste e seus funcionários.

O concierge M. Gustave (Ralph Fiennes) e o lobby boy e Zero (Tony Revolori), que logo que se conhecem criam uma amigável relação mestre-aprendiz instantaneamente. Charmoso, eficiente e cheio de lábia não é surpresa quando Gustave recebe uma herança de uma senhora rica recém-falecida (Tilda Swinton). Bom, não é surpresa para ele, pois os familiares da velha discordam e muito. Tanto que o filho da ricaça (Adrien Brody) não exita em contratar um vilão muito malvado (tão mal que até faz rir), pensado sobre medida para Willem Dafoe, para resolver o problema.

Está achando o elenco de estrelas extenso? Pois estes são só os com personagens vitais para a trama principal. O longa ainda conta com Saoirse Ronan, Jason Schwartzman, Harvey Keitel, Jeff Goldblum, Tilda Swinton, Owen Wilson, Tom Wilkinson, Edward Norton, Léa Seydoux, Mathieu Amalric e Bill Muray. Cada um de seus personagens genuinamente autênticos aparecem para auxiliar ou atrapalhar os protagonistas, mas sempre avançar a trama.

Sem nunca esquecer seus narradores, a trama se desenvolve quase que de forma episódica, embora bastante fluida. Apresentado cada desventura que o concierge e seu pupilo e seus desdobramentos sejam eles, absurdos, grotescos, cômicos "e/ou" fofos. O que só é possível claro, com o ótimo desempenho da dupla Fiennes apresenta um personagem complexo e atraente, mesmo quando suas ações não são as mais correta. Já o novato de 16 anos Revolori é bem sucedido na tarefa de acompanhar Fiennes.

Tudo isso é claro com a estética marcante, características dos filmes do diretor Wes Anderson. A direção de arte e o figurino impecáveis, dão personalidade quase de conto de fadas à imaginária República de Zubrowka, e seu mais imponente hotel. Este último cheio de tons pastéis que lembram as sobremesas mais saborosas. Ao mesmo tempo a produção muda drasticamente a palheta de cores, ao apresentar o mesmo prédio décadas mais tarde já em decadência.

Levemente inspirado textos de Stefan Zweig (poeta e dramaturgo austríaco, morreu Petrópolis/RJ nos anos de 1940), com personagens singulares, uma boa trama calcada na estranheza do mundo, e um visual incrível. O Grande Hotel Budapeste é curiosamente sincero e divertido, apesar dos absurdos que tal mundo imaginário possa abrigar.

O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel)
Reino Unido/Alemanha - 2014 - 100min
Comédia, Drama

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