Gigantes de Aço

No futuro o público de competições de luta ficou tão sedento por violência, que as lutas entre humanos foram banidas. As lutas ainda existem, mas entre robôs gigantes que trocam golpes violentos até um deles virar sucata. Charlie Kenton (Hugh Jackman), é um ex-lutador de boxe que tenta sobreviver, sem muito sucesso, com lutas clandestinas de robôs.

Charlie também é o pai ausente de Max (Dakota Goyo), com quem precisa conviver após a morte da mãe do garoto, uma antiga namorada. Após um fracasso em uma luta, pai e filho vão buscar peças para reposição em um ferro velho e o garoto encontra Atom, um robô de treino de segunda geração. Não é mistério, trabalhar e competir com a "lata-velha", aproxima pai e filho.

A parte interessante, é que ao invés de entrar nos eixos como de costume, o pai acaba levando o filho para seu mundo de lutas e apostas. O garoto é fanático pelos robôs e chega a entender mais sobre eles que o próprio pai. É nas semelhanças e na aceitação dos defeitos uns dos outros, que a relação é construída. Sem grandes mudanças de hábitos e personalidades em curto espaços de tempo. Afinal, como ja disse o Dr. House - as pessoas não mudam!

O entrosamento crescente entre Charlie e Max, é tão visível na tela quanto a animação do garoto pelas lutas. Elenco entrosado e gostando do que faz, já é meio caminho andado para um bom filme. O roteiro, apesar de previsível, é empolgante, ágil e competente, ao relacionar a evolução de Atom nas lutas com o relacionamento da dupla.

Evangeline Lilly (a Kate de Lost), interpreta a filha do ex-treinador de Charlie, que atualmente ajuda o lutador a consertar os robôs com que ele luta. Embora simpático, um papel dispensável, que parece só existir porque Hugh Jackman precisa de um interesse romântico.

Entretanto são as lutas de robôs que chamam mais atenção, pelo realismo das máquinas em meio aos elementos reais, e seus golpes. Além do fato de podermos torcer sem medo pela (por falta de palavra melhor) carnificina. Afinal, são apenas robôs ninguém se machuca. Para quem sofreu tentando se divertir com os gigantes dos últimos dois Transformers, mesmo com a falta de sentido na história e a pirotecnia da camera de Michael Bay, Gigantes de Aço, é um ótimo filme de robôs.


Gigantes de Aço (Real Steel)
EUA - 2011 - 127 min.
Ação / Drama



2 Comentários

  1. De cara fica a impressão do filme seguir o rastro de "Transformers", mas ao que parece a história parece ser mais trabalhada.

    Até mais

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  2. Não se engane, não tem nada a ver com Transformers. Esse vale o ingresso!

    Como sempre, obrigada pela visita!

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