Fuller House - 3ª temporada (parte 1)

Em 22 de setembro de 1987 estreava Full House (nosso Três É Demais) na TV estadunidense. Exatos 30 anos mais tarde, na última sexta-feira, 22 de setembro de 2017, a terceira temporada de seu bem sucedido remake/revival, Fuller House chega à Netflix. E apesar de toda a "coincidência" numérica (mesma data, 3ª temporada-30 anos) faltou um pouco de mágica na celebração de três décadas da família Tanner.

Com duas temporadas em seu ano de estreia, Fuller House ganhou um terceiro ano com mais episódios. Dezoito ao todo, a primeira metade deles liberada na celebração dos trinta anos da série, o restante ainda sem data de estreia.

Sem grandes reuniões do elenco, celebrações ou mesmo flashbacks o desenrolar destes primeiros episódios surpreendeu muitos fãs ao não se render à nostalgia e comemorações. Contrariando as expectativas criadas pelo próprio marketing da série que a série criou. A independência gradual de DJ, Steph e Kimmy dos "adultos originais", e suas aparições cada vez mais pontuais, é esperada, mas o momento pareceu errado.

Já o desenvolvimento das personagens melhorou desde a última temporada equivocadamente focada apenas em romance. Sim, DJ (Candace Cameron-Bure) ainda está às voltas com seu "quadrângulo amoroso" com Steve, Matt e CJ (Scott Weinger, John Brotherton e Virginia Williams respectivamente), mas ao menos Stephanie (Joodie Sweetin) ganhou uma trama que não está relacionada a interesses românticos. A caçula que já havia anunciado que não pode ter filhos, resolve encarar o desafio de se tornar mãe de alguma forma.

Kimmy (Andrea Barber) foi quem realmente saiu perdendo. Tanto sua trama profissional, quanto a disputa pela atenção de sua filha ramona com o marido foram transformados em meros alívios cômicos resolvidos com piadas e abraços. É verdade que esse tipo de desenvolvimento raso também acontecia com seu "co-relato das antigas" Joey (Dave Coulier), mas com muitos mais episódios era possível trabalhar melhor estes dilemas e humanizá-lo em alguns momentos evitando que o personagem viva constantemente na caricatura.

Quem também vive constantemente na caricatura é Fernando (Juan Pablo Di Pace), mas para o estranho ex-marido de Kimmy isso funciona. Alívio cômico assumido ele é a versão dos tempos de hoje do que a própria Kimmy era nos anos 80, com direito a rixa com o irmão do meio da família e com o pai responsável dispensando sua presença. Embora a insistência de DJ e expulsa-lo "delicadamente" ao invés de simplesmente falar civilizadamente com o homem adulto que o quer fora da casa soe muito estranha em um dos episódios.

E por falar no irmão do meio, o pequeno Max (Elias Harger) começa a dizer à que veio com seu pequeno gênio cheio de manias. O bebê Tommy (Dashiell e Fox Messitt) também começa a interagir com o elenco. E Ramona (Soni Bringas) já se destaca desde o primeiro ano. Michael Campion e os roteiristas precisam correr atrás e tornar Jackson algo mais interessante que o adolescente bobo que é no momento. Quem sabe restabelecer a relação de irmãos que estavam criando com Ramona na temporada anterior e que aqui foi deixada de lado.

Com muitos deslizes, esta "meia temporada" de Fuller House foi um banho de água fria em fãs nostálgicos e ávidos por celebração. A boa notícia é: esta é apenas metade da temporada, talvez as ausências e falhas sejam apenas por não termos a obra completa. - Porque dividir Netflix?
Esse reencontro completo? Por enquanto só no trailer!
Enquanto os nove episódios restantes não chegam o jeito é imitar os Tanner e praticar a compreensão e paciência. Esperar pelo fim da temporada de braços abertos e torcer para que esta venha cheia de abraços e rizadas como de costume. 

As duas primeiras temporadas de Fuller House tem 13 episódios cada. Este 3º ano terá 18 episódios ao todo, metade deles já está disponível na Netflix. Todas as 7 temporadas de Três É Demais também estão no serviço de Streaming. 

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