DC's Legends of Tomorrow - 2° temporada

A série de viagem do tempo da DC tinha dois grandes desafio em seu segundo ano. Primeiro ajustar a nova formação da equipe, e depois lhes dar um objetivo tão importante quanto salvar o mundo de um vilão milenar. E se possível, fazer isso em meio à aventuras, muitas cenas de ação em diferentes épocas de nosso planeta.

SJA: heróis das antigas...
Com a morte de Leonard Snart (Wentworth Miller) e a saída de Mulher-Gavião (Ciara Renée) e Gavião Negro (Falk Hentschel), o público já esperava uma nova temporada com equipe reduzida, e introdução de novos membros. Qual não foi a surpresa, quando é um novato Nate Heywood (Nick Zano) que inaugura a temporada ao reunir o grupo misteriosamente espalhados em diferentes épocas. O historiador que percebe o "sumiço" das lendas, também é uma das conexões com a Sociedade da Justiça da América. A SJA aprece bem menos do que imaginado, mas oferece a outra novata entre as lendas, Amara (Maisie Richardson-Sellers) é uma Vixen, bisavó daquela que conhecemos em Arrow.

Enquanto isso, na equipe antiga, Sara Lance (a pouco expressiva Caity Lotz) assume o papel de capitã, quando não descobrem o que aconteceu com Rip Hunter (Arthur Darvill). Ray Palmer (Brandon Routh), o Atom, o Dr. Martin Stein (Victor Garber) e Jefferson "Jax" Jackson (Franz Drameh) que juntos formam o Nuclear e Mick Rory (Dominic Purcell) estão de volta, com a dinâmica que já funcionou no primeiro ano. Acreditando que seu trabalho é manter o "tempo" seguro, já que acabaram com seus guardiões anteriores.

Legião do Mal: é por isso que o Cisco dá os nomes!
Equipe montada é hora de preparar a ameaça, e a proposta é suspeita: Eobard Thawne (Matt Letscher) vilão da primeira temporada de Flash, Damien Darhk (Neal McDonough) rival de Arrow no quarto ano e Malcolm Merlyn (John Barrowman), malvado recorrente do universo das séries, se reúnem para formar a "Legião do Mal" - criatividade passou longe desse nome! A proposta é duvidosa, e nunca perde a sensação de que reciclaram antagonistas. Entretanto, a química entre os atores é boa, assim como a disputa de ego dos personagens. Uma pena, que tenham tão pouco tempo em tela, para desenvolvê-las.

Malvados e mocinhos definidos, a serie parte para o que realmente interessa, as viagens no tempo. Mais livre que no ano anterior a trama visita mais épocas, encontra mais personagens reais e fictícios inundando os episódios de referências. As consequências dessa "liberdade", antes cerceadas pelos Mestres do Tempo, resultam em conceitos como, aberrações do tempo, erros, paradoxos e realidades paralelas, alguns corrigíveis, outros nem tanto. É claro, muitos "conceitos temporais", e o vai-e-vem na história pode deixar confuso, não iniciados no gênero e distraídos em geral.
Há espaço também para participações especiais do elenco das outras séries. Além de uma pausa para o supra-mencionado crossover Invasion, que reuniu as quatro séries de heróis da CW.

A grande falha fica por conta da escolha de Sara como capitã da Waverider (a máquina do tempo) e consequentemente da equipe. Embora a personagem tenha um histórico para se tornar interessante, sua inexpressiva intérprete não consegue alcançar o potencial dramático que ela oferece. Também não consegue ser líder e integrante da equipe ao mesmo tempo, parecendo sempre a mais deslocada nas cenas em grupo. A despedida de Rip Hunter, que participa desta temporada, mas deixa de ser capitão e se despede da série, não faz muito sentido (ele é dono da máquina, e estudou a vida toda para isso, é como se Doctor Who decidisse abandonar a TARDIS com um companion qualquer), especialmente após um episódio que mostra sua relação com Gideon, computador da nave. Além de lançar uma preocupação quanto ao próximo ano, mantendo a menos carismática Sara como líder do grupo por mais tempo.
Já as falhas e informações confusas, inerentes a narrativas com viagem no tempo, ainda existem. Mas em menor quantidade que na primeira temporada. Tudo facilmente relevado pela suspensão de descrença e pelo divertido caos que as viagens criam. A série não tem receio de brincar com as possibilidades, mesmo que isso custe um pouco mais de esforço do expectador.

DC's Legends of Tomorrow, lembra cada vez mais uma versão "super-heróica" de Doctor Who. Sem um protagonista carismático, mas com vários personagens a quem se apegar. Aventuresca, divertida e bem produzida, é uma pena que seja a série mais subestimada da franquia. Quem sabe quando chegar na Netflix, com a possibilidade de maratonas, o público descubra seu potencial.

A segunda temporada de DC's Legends of Tomorrow tem 17 episódios. A série é exibida no Brasil pela Warner Channel e chegou ao seu fim na última quinta-feira (20/04).

Leia mais sobre DC's Legends of Tomorrow, e acompanhe também Flash e Supergirl.

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