Castelo Rá-Tim-Bum: A Exposição

Klift Kloft Still.....
Se você completou a frase acima, parabéns você assistiu um dos melhores programas infantis da TV brasileira em alguma fase da sua vida (não precisa se envergonhar se já era adulto, afinal o programa era ótimo). Ainda não alcançou? Estou falando do Castelo Rá-Tim-Bum, produzido pela TV Cultura.

E se você esteve atento nos últimos dois anos, deve saber que a exposição que a produção ganhou, que já visitou o MIS em São Paulo e atualmente está no CCBB no Rio de Janeiro. Infelizmente a visita do Castelo termina na próxima segunda (11/01/2016). E não parece haver planos de prorrogação, como aconteceu na capital paulista. Por lá, a atração estava programada por quatro meses de Junho à Outubro de 2014, mas com o gigantesco interesse foi prorrogada até Janeiro de 2015.

Acha injusto? Eu também, três meses é muito pouco especialmente considerando as cerca de 10 mil pessoas que visitam o Castelo diariamente. Então não se sinta culpado por não ter conseguido visitar a exposição. Ou corra, ainda dá tempo. Para quem não pode ir até lá, tudo bem! Vou tentar dar um gostinho da nossa visita.

E exposição é gratuita, e já mencionei né? As filas são enormes, apesar de existir a opção de agendamento da visita, que fornece algumas poucas vagas por horário. Mas se você só puder dar uma passadinha rápida por lá, já da para ver os itens do Saguão do Castelo, no térreo do CCBB, sem enfrentar horas de espera. A árvore da Celeste, sua ilustre moradora, o sofá giratório, a fonte, retratos de família, e matérias publicadas na época estão dispostos apropriadamente no saguão do museu. Assim como o próprio castelo, ou melhor, a miniatura que era usada (cuidado esta imagem pode estragar sua infância).

Para quem tem a sorte de entrar, passamos sem ter que responder enigmas ou cumprir tarefas estranhas (infelizmente) pelo porteiro. A partir daí visitamos recriações (com o nível de fidelidade que o espaço permite, ou seja, não muito) dos cenários.

A graça, claro são os itens da produção, que vão desde figurinos, marionetes (eu juro, são bonecos, infelizmente) móveis e os estranhos objetos que só encontramos em casas de feiticeiros centenários. Alguns deles interativos, outros proibidos ao toque e felizmente todos fotografáveis. E daí que não posso pedalar a pianola, ao menos é possível tirar uma foto sorridente ao lado dela (coisa rara em exposições em terras brasileiras).

Olhos mais atentos (ou seriam expectadores mais dedicados), vão perceber algumas réplicas, entre os objetos originais. Nada que comprometa a experiência. Já as entrevistas em vídeo com elenco e equipe decepcionam. Dispostos todos em TVs em uma mesma sala, parecem ter perdido os fones de ouvido de cada equipamento. Assim tentamos inutilmente ouvir uma das várias pessoas falando ao mesmo tempo.

Mas o esforço na organização e até na iluminação no resto da exposição, compensam essa falha não precisa ter memória de elefante para lembrar instantaneamente, que está passando pelo encanamento cheio de baratas no Mau, que a decoração de quadrinhos, é do quarto do nino, ou ainda que a iluminação psicodélica deve anunciar a chegada de Etevaldo.

Confira agora a galeria de fotos da exposição. E tenha um gostinho da aventura. Aproveite e curta nossa página no face para não perder as novidades

#CCBBRio #CasteloRáTimBum #CCBB
Posted by Ah! E por falar nisso on Quinta, 31 de dezembro de 2015


A visita ainda conta com um encadernado caprichado, em dois idiomas sobre a exposição. A publicação colorida e cheia de fotos traz datas e informações da produção, bem como dos personagens. Admito, foi só foleando a revistinha que descobri que as simpáticas aves que nos ensinavam sobre música não se chamavam simplesmente "Passarinhos". João de Barro e as Patativas, entoavam o inesquecível - Passarinho, que som é esse?

Agora um aviso aos navegantes: se você visitou a exposição em São Paulo, além de sortudo, pode ficar um pouco decepcionado com a versão carioca. Se não visitou evite vídeos como este. Não é que a exposição do Rio não esteja caprichada, mas a edição de Sampa recriava os cenários como estes estavam dispostos no estúdio. E traziam até detalhes que não era exatamente verdade na época da produção, como subir as escadarias e de fato chegar ao quarto da Tia Morgana. Nos estúdios, a escada era cenográfica e o quarto um cenário separado. Logo o fator "magia" por lá deve ter sido um pouco maior.

É uma pena que tenha levado 20 anos para lembrarem do programa de maior sucesso veiculado por uma emissora pública no país. Nesse meio tempo peças provavelmente foram perdidas, outras estão desbotadas, mas não deixam de encantar até as novas gerações. Fico imaginando se essas duas décadas de atraso correspondem à espera por um espectador crescer e ter a ideia.

Castelo Rá-Tim-Bum teve 90 episódios exibidos originalmente entre 1994 e 1997. A exposição bateu o recorde de visitações em estreias nos 26 anos do Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro. Nada menos que 12.989 pessoas passaram por lá na abertura em 12 de Outubro de 2015. Nino, Pedro, Biba,Zequinha e cia, bem como seus mágicos artefatos, ficarão em exposição gratuita até a próxima segunda (11/01/2016). Lembrando que o CCBB, não abre as terças-feiras.

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