Sleepy Hollow - 1ª temporada

Que o Netflix e produções mais ousadas como as da HBO tem mudado a forma como os expectadores assistem séries já não é novidade. Também não é novidade que as séries de TV aberta (lá fora) tem que se reinventar para conquistar e manter o público. Mas, o que o final da primeira temporada de Sleepy Hollow fez chega a ser maldade.


A série que traz a lenda do Cavaleiro sem Cabeça para o século XXI, terminou em aberto. Ok! A segunda temporada interrupta, e talvez com mais episódios, já havia sido anunciada. Mas precisava não apenas criar uma ótima reviravolta, mas deixar todos (eu digo todos!), os personagens na berlinda.

Exibida pela Fox (coladinho em The Walking Dead, para pegar o expectador na adrenalina), sua primeira temporada da série chegou ao fim na semana passada. E ao longo de 13 episódios conseguiu elaborar uma trama complexa.

Aliais complexa até demais, se considerarmos que eles contavam e muito, com conhecimento prévio do expectador sobre mitologia e passagens bíblicas. Não chega a ser uma falha, eles explicam (meio apressados) a origem e sentido de tudo, mas se você conhecer um pouquinho mais, fica mais fácil. A boa notícia é que 8 temporadas de Supernatural, até que servem como esse "pouquinho" a mais. Ambas as séries bebem, da mesma fonte mitológica.

A graça de Sleepy Hollow é seu ilustre viajante do tempo e sua descoberta do século XXI. Ichabod Crane (Tom Mison) morre durante uma batalha em Sleepy Hollow na guerra pela independência dos EUA em 1871. E acorda em 2013, ao mesmo tempo que a cidadezinha sofre ataques com vítimas decapitadas. Alguns eventos sobrenaturais depois ele acaba virando parceiro da Tenente Abbie Mills (Nicole Beharie), para investigar estes eventos, em segredo claro, mas com o aval do Captain Frank Irving (Orlando Jones).

Com poucos episódios e uma trama que se revelaria bem maior que apenas capturar um cavaleiro sem cabeça (é claro que há um apocalipse eminente nesta loucura toda). A trama é baseada na amizade de Ichabod e Abbie, série não perde tempo e a cada episódio aproxima os personagens do beco sem saída em que a série abandona o expectador. E claro, que a coisa toda vai para o ralo, logo quando os protagonistas acham que estão começando a entender toda aquela bagunça, apenas para aumentar ainda mais atenção.

Infelizmente a correria tira um pouco do espaço dedicado à "Ichabod descobrindo o mundo", um britânico do século XVIII, transportado para nosso mundo traz ótimas situações nonsense. Uma pena não haver mais tempo para isso. Mas são apenas 13 episódios, para apresentar um universo mitológico e tentar salvar o mundo. 

Talvez eu esteja mal acostumada por Game of Thrones, que coloca seus "casamentos vermelhos" nos penúltimos episódios do ano, apenas para ter tempo de acertar os ponteiros e deixar tudo "engatilhado" para a temporada seguinte. Entretanto, se Sleepy Hollow tem o mesmo estilo de Supernatural, e provavelmente conquistou parte (se não todos) dos fãs dos irmãos Winchester, vale lembrar ao final da temporada ao menos um deles, fica quase a salvo para salvar o dia.

CSI + Supernatural, com reviravoltas de tirar o folego e segunda temporada confirmada. Uma boa opção para quem curte o gênero. Só não vale perder a cabeça enquanto espera pelo ano 2.

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