A Luneta Âmbar

O ultimo volume da trilogia de Philip PullMan, Fronteiras do Universo (os outros são A Bússola de Ouro e A Faca Sutil), A Luneta Âmbar, retoma a história no extato momento a deixamos no segundo livro.Lyra levada por um sequestrador misterioso e Will a sua procura.

Com a ajuda de dois anjos, que querem conseguir o apoio das crianças para Lorde Asriel, Will segue sua viagem entre os mundos para resgatar Lyra. Enquanto a Igreja também procura a garota para elimina-la antes que cumpra seu destino.

Repleto de referências, especialmente bíblicas, e mensagens em diferentes níveis de entendimento, este capítulo leva o leitor a rever personagens antigos, descobrir novos, e acrescenta o romance (meloso, diga-se), até então praticamente inexistente na saga. Seguimos uma aventura interdimensional, não apenas seguindo os passos de Will e Lyra, mas também de outros personagens que dessa vez tem maior participação.

Além da trama principal, também acompanhamos a jornada da Dra. Malone, uma cientista do nosso mundo, pela terra dos Mulefas, curiosos animais que parecem andar sobre rodas. Também descobrimos o que está acontecendo com Lorde Asriel e Sra. Coutler. A divisão entre várias subtramas que no segundo livro desacelerava o ritmo, aqui age de forma contrária, usando a curiosidade do expectador para impulsiona-lo ao próximo capítulo.

As jornadas tem ritmos bastante diferentes. Enquanto Lorde Arsriel e a Sra. Coutler estão em meio a guerra declarada, Will e Lyra descobrem o(s) mundo(s), e a si mesmos, por caminhos sombrios, e a Dra. Malone dá uma de antropóloga descobrindo, e apresentando ao leitor, uma nova cultura.

O leitor acompanha ávido para descobrir quando, e como, essas tramas finalmente se encontrarão. É aí que está o maior problema do livro. Embora as jornadas sejam frenéticas e interessantes individualmente. Quando se encontram desapontam pela rapidez com que ocorrem.

As grandes questões levantadas ao longo do livro, são respondidas a toque de caixa, como se não houvesse mais folhas disponíveis, deixando muitas dúvidas e buracos lógicos. Pouco é revelado sobre a Autoridade e a guerra para derrota-la. A existência de vários mundos. E até mesmo a mãe de Will, abandonada pelo garoto no inicio do segundo livro, é negligenciada. Nunca descobriremos o que aconteceu a ela.

Ao menos o mistério do pó é desvendado. Ao longo do livro informações são descobertas por diferentes personagens, em diferentes mundos, possibilitando que o leitor descubra por conta própria sobre o pó, antes que os personagens.

Vencedor do prêmio Whitbread de livro do ano em 2002, até então titulo inédito para um infanto-juvenil, A Luneta Âmbar, mantém o ritmo frenético de aventura e descoberta, numa agradando a maioria. Os únicos insatisfeitos serão aqueles que dão maior importância ao prêmio no fim, que à jornada para alcança-lo.

A Faca Sutil
Philip Pulman
Objetiva

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A Bússola de Ouro
A Faca Sutil

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